sábado, 21 de janeiro de 2012

Apostila Curso Basico de DJ


Um manual para DJ
Informações sobre equipamentos e técnicas de mixagem em música eletrônica

Apresentação1. O Disc Jockey

Muitas pessoas acham que ser Dj é fácil. E realmente é fácil! Mas como toda profissão é necessária uma boa dose de paixão e afinidade para poder entender e encontrar toda essa facilidade.
Ser Dj não é apenas ficar trocando música numa festa. Ser Dj é muito mais do que isso. O Dj é o responsável pelo clima de uma pista de dança. Ele deve ter um senso bem aguçado e uma capacidade de entender o que a pista de dança quer: músicas mais rápidas, alegres, melancólicas, lentas, densas… Enfim, tem que ter “feeling”. Alem disso, hoje o Dj é um dos maiores responsáveis por boa parte das Músicas Dançantes (onde nesta apostila chamaremos de Dance Music). Isso mesmo, ele muitas vezes é produtor musical. Esse lado de produtor é facilitado devido ao tal “feeling” e às noções de música que o Dj precisa ter para poder executar seu trabalho mais simples: “Mixar músicas”.

Por estar muito em evidência, o Dj acaba tendo outra importância: formador de opinião. O Dj tem também o poder e a obrigação de trazer novidades, experimentar e cativar o público, seja na rádio, no Club ou num jornal… Dj é sinônimo de inovação.

Com tanta importância acabou se formando uma “Cultura do Dj” – que é o domínio de técnicas, o culto ao dj como artista e, principalmente, a informação musical (o background cultural do dj, pois é a partir de suas referências que ele vai pesquisar o que de melhor é produzido e trazer essas novidades para a pista: um verdadeiro lançador de novidades!). Essa cultura teve início por volta de 1970, na época das Discotecas (Disco), mas toda a técnica veio em meados de 1980 devido aos avanços tecnológicos que facilitaram as experimentações e o aperfeiçoamento dessas. O primeiro e um dos maiores representantes desse “culto” foi o movimento Hip Hop. Muitas das técnicas usadas pelos Djs hoje vieram desse movimento. Exemplo: Scratches, Back to Back (mixagens, performances em geral).

2. O Disco de Vinil

Muitos ainda não entendem o por quê dos Djs usarem os antigos “bolachões”. Até parece loucura mesmo, pois um disco de vinil (importado), que em sua maioria só possui uma música (Single ou 12”inc), é mais caro do que um CD e ocupa mais espaço no case. Mas o que muitos não sabem é a qualidade que o disco de vinil tem e a imensidão de técnicas que podem ser aplicadas com ele.
Um vinil preparado para o djing é normalmente gravado em mais ou menos 12/14 minutos (entrando uma ou duas faixa por lado), para que os sulcos tenham qualidade e não fiquem tão juntos – um vinil com muitas faixas facilitaria arranhões e pulos da agulha de um sulco a outro, já que os mesmos estariam mais comprimidos.
Infelizmente o disco de vinil deixou de ser comercializado como antes, com o rápido crescimento do mercado de vendas de CDs (Compact Disk). Mas ainda o disco de vinil é a melhor mídia para um som mecânico (traz qualidade técnica de sons graves maior que qualquer outra mídia) e é um dos principais apoios do mercado underground de música eletrônica, por 3 motivos: primeiro pelas possibilidades técnicas de mixagem na geração de novos grooves a partir de dois (ou mais!) vinis misturados; segundo, pela autonomia dos produtores musicais de selos undergrounds (experimentais) em trabalhar com um mercado segmentado (o dos djs) onde a grande indústria não meta a mão; e terceiro porque a grande indústria fonográfica (com a preocupação principal no lucro) não se interessa em interferir na produção de vinil pois o mesmo, por ter um custo alto em relação ao benefício (leia-se lucro), não é produto de consumo industrial, de massa: seu lucro seria pequeno.
Assim como existe a “Cultura do Dj”, existe também a “Cultura do Vinil”, sustentada e idealizada pelos próprios Djs e apaixonados pelo nosso bom e velho LP (Long Player).


Curiosidades:
A música fica gravada dentro de “sulcos dentados” (pequenos riscos irregulares do vinil) que fazem, ao entrar em contado com a agulha (e com o prato em movimento), vibrações e formam assim seu produto final: a música. Com o tempo esses sulcos vão se desgastando e o disco vai perdendo a qualidade. O tempo que leva esse desgaste muda de um disco para o outro, pois dependerá muito do tipo de vinil utilizado e do cuidado que o dono tem. É recomendável lavar os discos com água, sabão neutro e um pano macio. Jamais se deve utilizar produtos corrosivos. O disco de vinil pode ter dois tipos de rotação: 33rpm ou 45rpm.

                                                          mapa de palco para dj
3. Instrumentos usado pelos Djs
Neste item é bom levar em consideração que existe o Dj “Produtor Musical” (que faz músicas em seu estúdio), e o Dj em si (que, generalizando, “toca” em festas). Para o Dj “Produtor Musical” existem N’s instrumentos de trabalho como, por exemplo: sintetizadores, baterias eletrônicas, teclados, computadores, softwares, filtros de efeitos, samplers, DAT…. Tudo isso para poder “compor” uma música e fazer todo o tratamento necessário de timbres para a tal.
Já para o Dj que toca em festas os instrumentos são mais simples. Ele não precisa de tantos recursos, pois a música já está pronta. É só tira-la do “case” (mala de discos) e executá-la usando sua técnica.
Os aparelhos básicos são:
- Dois Toca-discos;
- Um Mixer (mesa de som mixadora especial para Djs);
- Um bom Fone de Ouvido;
- Boas Agulhas Captadoras
- Dois CDJs (para quem toca com cd)

Iremos utilizar o disco de vinil nos exemplos a seguir, pois esta é a mídia mais profissional pelo fato de dar mais recursos performáticos. Para que o Dj trabalhe com mais qualidade é necessário um bom equipamento, pois numa apresentação é fundamental a fidelidade (sonora) do aparelho utilizado.

3.1 – Toca-discos
A pick up dever ter alguns recursos básicos como:
- Pitch;
- Seletor de rotação;
- Contra-peso;
- Anti-skating;
- Tração magnética no motor do prato.


A pick up mais usada pelos Djs é o modelo Sl-1200 Mk2 da marca Technics. Este modelo revolucionou o mercado de toca-discos e é líder há vinte anos. Desse tempo para cá houveram pouquíssimas modificações devido à sua perfeição técnica para o uso em djing (o trabalho do dj). A Sl-1200 Mk2, ou MK2, como é mais chamada, revolucionou o mercado, pois incorporou como tecnologia um sistema de rotação do prato baseado em tração magnética, e não mais em correias, fazendo com que as velocidades das rotações (33 e 45) ficassem precisas.

3.1.a – O Pitch
Como a base do trabalho do Dj é igualar as velocidades das músicas, é fundamental que um toca-discos tenha um “pitch”. Pitch não é nada mais que um controlador progressivo de velocidades. Com ele você pode manipular positivamente ou negativamente a velocidade das músicas em até 8% da velocidade normal.

3.1.b – Seletor de rotação 33rpm e 45rpm
É com o seletor de rotação que você escolhe a rotação dos discos. Os discos de vinil mais modernos possuem apenas duas rotações: 33 rpm e 45rpm.
Por conseqüência, as pick ups mais modernas utilizam apenas essas duas rotações. Você mudará a rotação na pick up conforme a rotação que o disco foi feito.

3.1.c – Contra-peso
O Contra-peso do toca-disco se localiza na parte inferior do braço da pick up para justamente contra balancear o peso que a agulha faz sobre o vinil. Com ele você pode regular uma força vertical maior ou menor sobre o disco. A função desse recurso é evitar que agulha pule com facilidade do disco.

3.1.d – Anti-skating
Este trabalha junto ao Contra-peso. Sua função e aplicar uma força horizontal no braço do toca- discos. Ele só funcionará bem se o Contra-peso estiver bem regulado. O grande benefício desse recurso é que ele pode evitar que um disco arranhado fique preso e repetindo continuamente (em loop). Nesses casos é só regular o Anti-skating para que ele aplique uma força para o lado oposto ao que o arranhão está impulsionando.

3.1.e – Tração magnética do motor do prato.
As pick ups mais antigas utilizavam outros sistemas de tração como por exemplo Correias e Catracas. Esses sistemas eram frágeis porque seu mecanismo era de contato físico, ou seja, tinha que haver contato entre uma Catraca e outra para o prato girar. Se por acaso esse prato fosse parado poderia danificar uma das Catracas ou arrebentar uma das Correias no caso de uma pick up de correia. As mais modernas e as melhores já utilizam um motor com tração magnética. Neste sistema não há contado físico e toda a tração é feita por Eletroimãs e com isso a pick up ganha uma maior performance e uma maior vida útil.

3.2 – O CD com pitch (CDJ)
O CD com pitch, popularmente chamado CDJ (nome que se deu origem pelo sucesso que foi o aparelho da Pioneer CDJ 500 no final dos anos 90), é todo aparelho de CD desenhado especialmente para que o DJ execute as técnicas de mixagem. Como sugere o nome, sua principal função é o pitch, potenciômetro que controla a velocidade da música. Mas existem outras peculiaridades do CD com pitch. Atualmente no mercado existem diversas tecnologias aplicadas a esses aparelhos. Alguns funcionam com sistema de buffer e sampler, ou seja, a música que é tocada na verdade não vem diretamente do CD e sim de uma parte dela que foi armazenada (para ser reproduzida). Dessa forma, esses tipos de aparelhos podem executar funções avançadas como fazer scratch. Em conseqüência disso, seu valor é infinitamente maior que os tradicionais que usam somente a reprodução do disco a partir do leitor.
Um dos equipamentos mais usados, atualmente, é o CDJ Pioneer (a versão mais básica e robusta é o 100S).
Conheça algumas das ferramentas (botões):
- PLAY – Quando você pressiona o botão PLAY o CD com pitch inicia a música instantaneamente (chegando até menos que 0,01 segundos de atraso entre o apertar e o disparar, tornando o atraso imperceptível) permitindo que você ajuste ritmos com precisão absoluta.
- PAUSE – Parar a música (congelar). Para identificar um ponto de largada da música (bumbo) o pause deverá estar acionado. Volte ou avance manualmente no Jog a música, para identificar o bumbo e aperte o Cue para informar que você quer que a música seja largada a partir daquele ponto, quando você apertar o play, ao iniciar a mixagem
- CUE – Pressione o botão Cue enquanto o aparelho estiver em reprodução para voltar ao ponto de cue e reiniciar a reprodução a partir deste ponto. Além disto, você pode retornar ao ponto inicial da música a qualquer momento através desta função. A função do Cue e fazer com que a música volte ao ponto marcado.
- JOG – Este disco de grande formato e resposta rápida executa buscas frame a frame e facilita a seleção precisa de pontos, proporcionando ainda um modo de utilização similar ao dos toca-discos de vinil. Nem todos os modelos possuem esse disco, mas pote ter a mesma função só que em botões.
- MASTER TEMPO – O controle Master Tempo mantém a tonalidade da música mesmo que o tempo seja alterado. Você pode variar as batidas sem alterar os tons dos vocais ou instrumentos.

3.3 – O Mixer
O mixer é uma mesa de som adaptada para Djs. A função do mixer é basicamente misturar os sons, mas dependendo da marca e do modelo você poderá encontrar outros recursos como efeitos (de “eco”, “flanger”, “deelay”, entre outros). No mixer existem:
- Os Canais de Entrada, que são as entradas receptoras de áudio onde se conecta os aparelhos;
- O(s) Canal(is) de Saída, que é(são) onde sai(em) o sinal de áudio que vai para o amplificador;
- O Crossfader, que é uma chave especial que muda rapidamente ou áudio de um aparelho para o outro;
- Saída de Headphone, onde se conecta o fone de ouvido;
- Chaves Seletoras de Canal, onde você escolhe qual canal você quer escutar no fone de ouvidos;
- Equalizador Individual – este é um novo recurso que está vindo nos novos mixers. Com ele você pode equalizar as freqüências graves, médias e agudas individualmente por cada canal.

Há dois tipos de entradas de áudio:
- Phono (analógica), para as pick ups;
- Line, para cd players, teclados sintetizadores, groove box, etc.


3.4 – O Fone de ouvido (ou Headphone)
A função do Fone de ouvido é monitorar a música que você deseja mixar (a que vai entrar), enquanto a outra música está tocando nas caixas de som da pista. É importante ter um bom fone de ouvido, pois é comum você aumentar muito o volume deste. Para isto o fone precisará ter uma boa potência e uma boa freqüência. Se o fone tiver freqüências muito altas (agudas) pode ser muito prejudicial à audição.

3.5 – Agulhas Captadoras
Existem vários tipos de agulhas para determinado tipo de uso. Há agulhas que acentuam os timbres graves (normalmente usadas pelos djs de house music); existem outras que “se prendem” mais ao disco (e, portanto “pulam” menos ao som alto) e agulhas comuns mais baratas. É importante ter uma boa agulha, pois é ela que irá “ler” o som do vinil para que as caixas de som dêem a resposta final. Por isso se não tivermos uma boa agulha o som irá sair com uma qualidade ruim ou o disco pode fica pulando por causa de pequenas sujeiras nos sulcos, entre outros problemas.

4. A Música
A dance music será nossa principal base de trabalho. Isso porque, diferente dos outros sons mais acústicos (tocados sem uma seqüência eletrônica), ela nos traz um ritmo bem marcado, ou seja, sua velocidade não varia, pois toda ela é seqüenciada por computadores.
Antes de entender esse módulo é necessário que você esteja ciente que precisa de alguns pré-requisitos, nem um pouco difíceis: É necessário você ter coordenação motora para identificar um ritmo de uma determinada música. Quer uma dica? Para identificar o ritmo de uma música basta você dançar.Isso mesmo! Você dança no ritmo da música, certo?!

4.1 – A Estrutura da Música
Em toda música existe:
- Bumbos (marcação virtual das batidas ímpares. É nele que existe a primeira batida do compasso)
- Pratos (marcação virtual da batida intermediária entre o bumbo e a caixa)
- Caixas (marcação virtual das batidas pares)
- Bpm (Batida por minuto)
- Compasso (Partes marcadas por viradas. 16 ou 32 batidas)
- Desenho (Sub-partes marcadas por repetições contínuas. 8 e 4 batidas).


4.1.a – Bumbo, Prato e Caixa
Esta, talvez, seja a fase mais complicada da parte teórica, pois aqui você terá que utilizar bastante sua imaginação.
Imagine que você esta dançando uma música X, que tenha uma base House (4×4/reta – se formos tentar descrever seria parecido com isso: “Tum” – “Tum” – “Tum” – “Tum”…. Esse “tum”, “tum”, “tum” são as batidas da música e essas batidas é que formam o ritmo da música).


Imaginem que a batida nº1 é o Bumbo (o primeiro Tum) e a batida nº2 seja a nossa Caixa (o segundo Tum). O Prato fica entre um bumbo e uma caixa, ele seria o nosso contra tempo.

4.1.b – Bpm (Batida Por Minuto)

É importante saber o bpm, pois, é preciso saber qual das músicas que você está trabalhando é a mais lenta ou mais rápida para que você execute a mixagem.

Para contar o bpm de uma música basta contar o números de bumbos e caixas que contém a música no período de 1 (um) minuto.

4.1.c – Compasso
Toda música precisa de uma marcação para se saber quando vai entrar ou sair um vocal, uma melodia, um instrumento, uma batida ou uma virada. O compasso é o que irá marcar essas mudanças com o intuito da música ser mais “organizada”. Claro que nem todos os músicos ou produtores seguem essa regra mas a grande parte das músicas são bem marcadas.
O Compasso é o período de 16 ou 32 batidas (Bumbos e Caixas) que marca uma mudança, entrada, ou saída de algum elemento na música. Para entender bem o Compasso devemos primeiro saber contá-lo.
Para contar o compasso é preciso primeiro identificar o ritmo da música. Depois de identificado, conte a partir da primeira batida (primeiro Bumbo ou cabeça do Compasso) da música até que haja uma mudança. Se essa mudança ocorrer quando você terminar de contar 16, é porque aquele compasso “é de 16” e se mudar quando você terminar de contar 32 é porque aquele compasso “é de 32”. Esse compasso se repetirá por toda a música.


Por exemplo, contagem de um compasso “de 16” é da seguinte maneira: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10…


É muito importante identificar qual é o compasso pois na hora da mixagem, quando as velocidades das músicas estiverem iguais, você soltará a batida 1 de uma música junto com a batida 1 da outra música. Dessa forma as música irão mudar igualmente nas viradas dos compassos.

4.1.d – Desenho
O desenho é um pouco parecido com o compasso. O processo de contagem é o mesmo mais o número de batidas é diferente: são de 4 e 8 batidas. Se você contar as batidas da música de 4 em 4 ou de 8 e 8 você perceberá que determinadas seqüências de instrumentos se repetem nesse ciclo.


Obs: A contagem do Desenho e do Compasso deve ter início sempre no primeiro Bumbo da música (na cabeça do Compasso).

5. A Técnica

Dentre as principais técnicas usadas pelos djs existem: Mixagem, Colagem, Back to Back, Scratch e Back Spin. A cada dia que passa, novas técnicas vão sendo criadas e aperfeiçoadas. Tudo isso graças ao advento de novas tecnologias em mixers, mesas de efeitos, agulhas, e claro, da criatividade dos djs.

A técnica básica mais usada, e a que nos interessa neste manual, é a mixagem.

5.1 – Mixagem
O princípio da mixagem é juntar duas músicas de velocidades iguais (bpm) com bumbo em cima de bumbo e caixa em cima de caixa.


Repare que o Bumbo 1 está em cima do Bumbo 1 da outra música. Dessa forma quando o compasso da primeira música “virar” o da outra também virará.

5.2 – Preparando as músicas para mixagem

A primeira coisa que o dj deve observar quando for mixar uma música é saber se a “música que vai entrar” é mais lenta ou mais rápida do que a que está tocando na pista. De acordo com o resultado, você utilizará o Pitch para modificar positivamente ou negativamente a velocidade da “música que vai entrar”. Se esta música for mais lenta será necessário acelerá-la para igualar os bpms e se for mais rápida será necessário desacelerá-la. Evite fazer isso com a música que está tocando na pista. Em última instância, faça muito (muito!) discretamente para que a “pista não sinta”.

Igualando os Bpms, chegou a hora de fazer a passagem de uma para outra: mixar.
A música deve ser solta “Bumbo com Bumbo”, na “Cabeça do compasso”, e por conseqüência Caixa com Caixa.

Depois de soltar, você escolherá o ponto em que a “música que está saindo” deve ser cortada. Nas músicas existem os melhores pontos de mixagem. Estes pontos são os chamados “Pontos de mixagem” ou “Breaks” e são caraterizados pela ausência de melodias e vocais.

Atenção:
Deve-se evitar misturar melodias e vocais, isso na maioria das vezes quebra a harmonia das músicas. Lembre-se sempre: “ a boa mixagem é aquela discreta e harmônica”.

5.3 – Dicas para uma boa mixagem

O princípio básico da mixagem é juntar duas músicas e fazer uma passagem da que está acabando para a que está entrando. No entanto, essa técnica fica ainda mais interessante quando usamos filtros e efeitos, controles na equalização, cuts com o crossfader e back spin.

5.4 – Colagem

As colagens são interferências feitas pelo djs com trechos de outras músicas. Estas podem ser feitas com batidas, vozes, instrumentos, dentro ou fora do tempo, mas sempre com harmonia.

5.5 – Back to back

Back to back é uma das performances mais usadas em campeonatos de djs. Alguns djs se arriscam fazer em pista de dança. Esta performance consiste em ficar repetindo trechos de duas músicas em diferentes pick-ups. Dependendo da técnica do dj, essa repetição pode ser feita de 1 a 8 batidas.

5.6 – Scratch

A mais característica performance feita por djs. Sons tirados do vai-e-vem dos discos e cuts do croosfader. O scratch evoluiu bastante. Hoje, são feitos com mais velocidade e podem contar com recursos de Hi-cut nos croosfaders mais atuais. Existem sctrachs feitos a partir de samples e scratchs feitos com sons contínuos e mais trabalhados pelo croosfader.

5.7 – Back Spin

Back spin não tem mistério, mas se vacilar pode ficar “xoxo”. Back spin consiste em voltar o disco com velocidade. Geralmente, é usado nas viradas das mixagens. Mas o back spin pode interferir numa música como uma colagem e junto com efeitos.

5.8 – Efeitos

Existem mixers (como o Pionner DJM 600) e geradores (como o Pioneer EFX 500) que desenvolvem efeitos diversos: Eco, Deelay, Pitch, Filter, Flanger e Sampler. Os filtros e efeitos podem ser usados de várias formas, por isso é fundamental o conhecimento desses para a aplicação mais adequada. Mas lembre-se, efeito demais pode ser desagradável.

5.9 – Equalizando (grave, médio e agudo)

Com a chegada de novos mixers no mercado com equalizadores, as mixagens ganharam um novo tom. Sem os equalizadores independentes por canal, as mixagens eram duras e muitas vezes, quando virava a música, faltava alguma freqüência ou elemento. O princípio da equalização em uma mixagem é como a da mixagem de uma música em estúdio. O objetivo é suavizar a passagem de uma música pra outra compensando as freqüências que faltam ou que estão em excesso. Por exemplo, se a música que vai entrar tem muitos elementos agudos como caixas, pratos e chimbais, a tendência é você abrir o canal da música que vai entrar com os agudos baixos.

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